abrotea

palavras!simples palavras! patriciags468@gmail.com

segunda-feira, abril 16, 2007

Para aqueles que se esqueceram...

Por vezes, quem me lê, esquece-se...
Mas eu relembro! Aqui fica um texto de Julho de 2003, para que não se esqueçam!

A felicidade é uma coisa estranha... Das palavras que se escrevem fica sempre o sabor da tristeza, da saudade. Saudades de quê? De nada! Do que não se viveu, do que se sonhou! Encontrar rastos de verdade, de correspondência é tarefa impossível. Mas será que acreditam? Serão capazes de acreditar que o pensamento tem uma dimensão maior que eu? Que tem memórias de outras vidas, de outras dores e amores? Acreditará quem me ler, que a memória não me diz? Acreditará que esta saudade não é minha? De quem será, então? Não sei. Não são esses os porquês que busco. Não me interessa saber quem repousa na saudade doce da memória de uma vida que alguém viveu. Interessa-me o pensamento, a capacidade de sentir. De saber até onde se pode sentir, quanto se pode sentir. Serei eu capaz de ultrapassar os limites do imaginável e sentir para além da dor? Serei eu capaz de ultrapassar a vida e ter saudades para além da memória? Terei eu a memória de amar para além da realidade vivida? Estranho... Os espaços de liberdade do pensamento diminuem, comprimem-se quando se tentam por em palavras...

4 Comments:

  • At 9:41 da manhã, Blogger João Lisboa said…

    Julho de 2003???
    Hummmm deixa lá ver...
    Julho de 2003? Julho de 2003?? Humm não me lembro lá muito bem quando é que isso foi...
    Espera.
    Acho que foi entre Junho de 2003 e Agosto de 2003.
    Já sei! Já sei!
    Ainda não nos conheciamos!!!
    LOL
    BJKs

     
  • At 5:36 da tarde, Blogger maria said…

    A tua relexão lembra-me uma frase de João Ferrão num encontro de arquitectos. Ele falava de "saudades do futuro". Serão essas, aquelas que nos ultrapassam, aquelas que imaginamos e aquelas que nem somos capazes de imaginar com as "ferramentas" que hoje temos? Mas são elas provavelmente aquelas que constróem a melancolia, a tal que Lampedusa definia como a alegria de estar triste.

     
  • At 10:25 da tarde, Blogger Patrícia said…

    São também aquelas que o presente não diz, mas que nos faltam e que preenchem de vazios sentidos muitas memórias que vivemos...
    Obrigada, Maria.

     
  • At 7:50 da tarde, Blogger Luís Galego said…

    A felicidade é uma coisa estranha...mas que ela entre por muito estranha que apareça....texto interessante!!!

     

Enviar um comentário

<< Home