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segunda-feira, novembro 13, 2006

Sobreviverei a ti!
Como sempre sobrevivi ao desamor.
À banalização do meu amor.
Sobreviverei a ti,
Ainda que a alma amputada se esvaia em sangue.
Sobreviverei, ainda que me deixe morrer.
Ainda que do peito nenhum grito de dor,
Nenhuma explosão de amor se ouça mais.
Sobreviverei mesmo quando mais nada haja a guardar,
Nenhum rosto a afagar.
Nenhum gesto a ansiar.
Sobreviverei…
Apenas porque assim é o destino.

3 Comments:

  • At 2:56 da tarde, Blogger João Lisboa said…

    Por vezes algumas histórias apresentam-se fatais como o destino, e contudo estamos lá.
    Sabemos o desfecho, e no entanto a irresistivel atracção, suga-nos em espiral de onde só saimos com dor, e no entanto vamos...
    É fatal como o destino.
    Parece que está escrito!
    Mais tarde, refeitos, procuramos outra história!
    BJs

     
  • At 4:20 da tarde, Blogger Lilith said…

    Que dizer mais dos teus posts? Lindos, tristes, poéticos, sentidos. É um verdadeiro sacrilégio que a alma de alguém, que escreve como tu, tenha de se "esvair em dor" para que nasçam estes posts tão bonitos! Que ao menos a escrita te seja uma forma de exorcismo e que te deixe intacta para a vida.
    Bjs

     
  • At 7:26 da tarde, Blogger Lonellywolf said…

    Uma vez mais fico com a sensação de ter sido eu a escrever este texto, tal a similitude de sentimentos. Mas não, não fui. Foste tu e está muito bem escrito (também uma vez mais! :)
    Sabes, sobrevivemos sempre, porque, como dizia o Palma há já muitos anos, somos "Sobreviventes Natos". Porque há uma força que não sabemos de onde vem, mas que nos faz não ir de vez ao fundo. Talvez porque saibamos que ninguém merece que vamos.
    Consigo escrever isto, mas confesso que ainda estou precisamente na fase do descrétido da desilusão. Ainda não realizei que efectivamente foi tudo oco. Talvez porque tenha sido demasiado fugaz. Mas a verdade é que estas coisas não têm necessariamente tempo para sentirmos mais ou sentirmos menos. Têm intensidade, não tempo. Tem a ver com os sonhos destruídos, com a vontade que eles se tornassem reais, com a entrega que houve da nossa parte e que foi desprezada. É isso que provoca a dor lancinante no peito e nos faz crer - por momentos - que não vamos resisitir a mais uma desilusão. Mas vamos, sim.

     

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