Não sei quem és...

Amanheceu de novo e há raios de sol entre a névoa.
Questiono-me a teu respeito. Não sei quem és. Perdi-te no rasto das estrelas, da vida. Perdi-te e não te reconheço.
Algo maior que eu e tu deve existir e ter apagado por entre o nevoeiro da manhã os teus passos que eu, ávida seguia. Não te vejo mais. Não sei para que lado seguias.
Chamo-te. Já não me lembro do teu nome, mas continuo chamando.
Sei que se me ouvires, virás.
Não me respondes. Nada me dizes.
E no entanto, aqui estou eu, esperando por ti. Chamando por ti.
Espero que venhas. Que me olhes. E me abraces.
Tenho saudades do roçar da tua pele na minha.
Dos gestos casuais. Dos olhares impróprios.
Dos sorrisos rasgados.
Do gostar de gostar das coisas.
Espero que venhas e me fales da vida.
Do mundo lá fora. Dos sonhos.
Nada me dizes, entretanto.
E eu vou me questionando a teu respeito. Já não sei quem és….
Perdi-te na névoa desta manhã, no brilho do sol que cega…
Já não sei quem és…