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segunda-feira, dezembro 18, 2006

Planeei ter tempo interior para dedicar este natal à harmonia, ao carinho. Para todos aqueles de quem gosto. Escrever palavras simples que tornassem um presente, comprado na febre do típico consumismo, mais pessoal, íntimo e demonstrativo do meu gostar. Para que não restassem dúvidas.
Mas os dias sucedem-se e não tenho a certeza de o conseguir por em pratica. Sinto-me sem tempo. Sem tempo interior. Sinto-me sem a tal harmonia. Duvido de que valha a pena o esforço porque nem sei se alguém apreciaria a simplicidade de umas palavras.
Às vezes, parece-me que a vida é feita de equívocos e enganos.
E eu engano-me muitas vezes.
E a vida equivoca-se muitas vezes comigo.
Nenhum mal daí viria ao mundo se dos equívocos e enganos nascesse algo bom, mais forte.
Bem sei que a minha vida foi feita de trambolhões e sempre me ergui de novo. Sei que a cada soco recebido me sentia com mais força para continuar, teimosamente, por onde queria ir. Nunca prescindi, ao menos interiormente, do que de facto quero, desejo.
Mas tantos anos depois, não vejo com nitidez o fim, o lugar onde queria chegar.
Não me sinto com tanta força como a que desejava ter.
Falta-me a teimosia com a vida.
Começa a faltar-me a certeza de conseguir lá chegar.
Apetecia-me, tão só, poder estar. Já lá estar…
Porque custa tanto falar de amor?...

2 Comments:

  • At 7:52 da tarde, Blogger Lilith said…

    Custa tanto falar de amor porque nos deixa vulneráveis, frágeis, sem rédea firme da nossa própria vida...
    Feliz Natal!
    Bjs

     
  • At 12:44 da tarde, Blogger Patrícia said…

    Obrigada Lilith.
    Um Feliz Natal também.

     

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