Tenho recebido algumas críticas sobre o que escrevi em "Um quarto em Amsterdão". E é claro que as críticas são sempre bem vindas! Mesmo as que parecem mais descabidas ou maldosas, podem ser (e muitas vezes são) construtivas. Fazem-me reflectir. E deixam a descoberto a forma como os outros sentem o que escrevi.
Claro que, em primeiro lugar escrevo para mim. ~Escrevo pelo prazer que me dá. Às vezes, um prazer doloroso, inquieto, em desespero de mais, mas sempre um prazer. Mas depois de ter escrito, no momento em que o pensamento se materializa, o que escrevo deixa de ser meu para pertencer a todos os que me lêm e a todos os que não lêm mas poderiam ler. E, por isso, é importante saber o que pensam, como sentem as minhas palavras. Tenho algo para lhes dizer e é estritamente necessário que me entendam, que fique patente o que não digo por palavras.
É absolutamente necessário que sintam para além das palavras. E será que sentem? As críticas mostram-me que sim. E mostram-me mais, mostram-me que dentro da história que escrevi, nascem tantas histórias como os olhos que a lêm. Mas, quero um pouco mais. Dizem-me que preciso de concretizar espacialmente a história. Dar-lhe a consistência das ruas e jardins da cidade de Amsterdão. Chamar-lhes nomes. Mas isso eu não quero. O meu quarto é em Amsterdão porque tinha de ser assim e não é fruto do acaso. É a sua essência, o único ponto de referência geográfico importante. O resto, não importa. E, se não dou nome às ruas, é porque a vivência da personagem é essencialmente interior. Melhor, principalmente interior. Como se vivesse dois mundos e o mundo dentro de si fosse mais forte, mais importante. Só pode viver fisicamente uma paixão porque ela nasceu dentro de si e se tornou maior que ela própria. Tão grande foi a força daquele sentimento que fugiu do seu controlo, das paredes do seu corpo e se tornou física e "real". E conflituosa dentro de si, aglutinado tudo, não deixando espaço para mais nada.
Talvez um dia me disponha a escrever com mais consistência "física". Mas, para isso, tenho de voltar a encontrar três manhãs ou tardes de tempo vazio. E isso, não é fácil!
Mas talvez venha a surpreender!
Claro que, em primeiro lugar escrevo para mim. ~Escrevo pelo prazer que me dá. Às vezes, um prazer doloroso, inquieto, em desespero de mais, mas sempre um prazer. Mas depois de ter escrito, no momento em que o pensamento se materializa, o que escrevo deixa de ser meu para pertencer a todos os que me lêm e a todos os que não lêm mas poderiam ler. E, por isso, é importante saber o que pensam, como sentem as minhas palavras. Tenho algo para lhes dizer e é estritamente necessário que me entendam, que fique patente o que não digo por palavras.
É absolutamente necessário que sintam para além das palavras. E será que sentem? As críticas mostram-me que sim. E mostram-me mais, mostram-me que dentro da história que escrevi, nascem tantas histórias como os olhos que a lêm. Mas, quero um pouco mais. Dizem-me que preciso de concretizar espacialmente a história. Dar-lhe a consistência das ruas e jardins da cidade de Amsterdão. Chamar-lhes nomes. Mas isso eu não quero. O meu quarto é em Amsterdão porque tinha de ser assim e não é fruto do acaso. É a sua essência, o único ponto de referência geográfico importante. O resto, não importa. E, se não dou nome às ruas, é porque a vivência da personagem é essencialmente interior. Melhor, principalmente interior. Como se vivesse dois mundos e o mundo dentro de si fosse mais forte, mais importante. Só pode viver fisicamente uma paixão porque ela nasceu dentro de si e se tornou maior que ela própria. Tão grande foi a força daquele sentimento que fugiu do seu controlo, das paredes do seu corpo e se tornou física e "real". E conflituosa dentro de si, aglutinado tudo, não deixando espaço para mais nada.
Talvez um dia me disponha a escrever com mais consistência "física". Mas, para isso, tenho de voltar a encontrar três manhãs ou tardes de tempo vazio. E isso, não é fácil!
Mas talvez venha a surpreender!
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