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quinta-feira, novembro 17, 2005

Das Lágrimas...

Conta a lenda que tudo que cai nas águas deste rio – as folhas, os insetos, as penas das aves – se transforma nas pedras do seu leito. Ah, quem dera eu pudesse arrancar o coração do meu peito e atirá-lo na correnteza, e então não haveria mais dor, nem saudade, nem lembranças.
O frio do inverno fez com que eu sentisse as lágrimas no rosto, e elas se misturaram com as águas geladas que correm diante de mim. Em algum lugar este rio se junta com outro, depois com outro, até que – distante dos meus olhos e do meu coração – todas estas águas se confundem com o mar.
Que as minhas lágrimas corram assim para bem longe, para que meu amor nunca saiba que um dia chorei por ele.
Na margem do rio Piedra eu sentei e chorei.

Do Sofrimento...

Choram as árvores na espantosa noite, curvadas sobre mim, me olhando...
Eu caminhando... Sobre o meu corpo as árvores passando...
Quem morreu se estou vivo, por que choram as árvores?
Dentro de mim tudo está imóvel, mas eu estou vivo, eu sei que estou vivo porque sofro.
Vinicius de moraes – o incriado

Dos Sonhos...

“O meu coração tem medo de ter de sofrer”, confidencia o rapaz ao alquimista, numa noite em que ambos contemplam uma noite sem luar. “Diz ao teu coração que o medo de sofrer é pior do que o próprio sofrimento”, responde o alquimista. “E que nunca nenhum coração sofreu quando foi à procura dos seus sonhos, pois cada segundo da sua busca, é um encontro momentâneo com Deus e a eternidade”.
O alquimista - Paulo Coelho

Da Vida...

A única chance que uma tragédia nos dá: a de reconstruir nossa vida.
De O Monte Cinco