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terça-feira, abril 18, 2006

Duvido que me entendam porque choro quando as descrições do julgamento da menina que antes de ser morta, foi torturada. Chamava-se Vanessa. Afinal, havia quem a ouvisse suplicar. Ouviram e calaram-se. E agora a Vanessa está morta. E eu, que só agora sei que suplicou, pediu "mais não..." ouço distintamente a sua voz. E choro como se me tivessem amarrado e obrigado a assistir...

quinta-feira, abril 06, 2006

Despi o casaco. E deixei-o em cima da mesa. Nada mais interessava. Nunca me despi assim. Com os olhares postos. Sem ter intenção. Não, não quero provocar. Vou desapertando a camisa. Reparo no teu olhar.
Que fazes?
Apetece-me.
Não sei o que lhe passa pela cabeça. Não me interessa o que pensa. Não o faço por ele.
Tiro o soutien. Passo as mãos pelos meus seios. Sorrio. Sabe bem. Olho-te. Decidiste ficar a assistir. Sentaste-te e olhas-me. Acho que não estás a perceber. Melhor assim.
Sem pressas, tiro as calças. Logo depois as calcinhas. Não há nada de sensual nos meus gestos. Mas é assim que me apetece. Não são os olhos que me percorrem que interessam. Mas as mãos. As minhas mãos. Que me tocam devagar.
Deixa-me ser eu.
Não.
Porque não??
Porque não!
Vais fazê-lo sozinha?!
Vou. Não preciso de ti para isto.
Não sei o que sentes. Não me interessa se achas chocante. Não quero saber se te rejeito. Olha-me se quiseres. Tem prazer se souberes. Não o faço para ti. Hoje só eu sou importante.